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Correio Braziliense: Policiais e bombeiros militares reagem ao projeto de reajuste


foto: Agatha Gonzaga/CB/D.A.Press

Em matéria publicada agora à tarde, o jornal comentou sobre a reunião realizada hoje pela manhã na Câmara Legislativa do DF para debater sobre a proposta apresentada pelo GDF e definir a resposta.


Segundo o Correio Braziliense, de acordo com as categorias, a proposta de 32,5% assinada e entregue ao Executivo Federal pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), na última quarta-feira, foi uma atuação enganosa. Isso porque o governo incorporou o auxílio moradia à Gratificação de Condição Especial de Função Militar (GCEF), um benefício submetido a desconto. Logo, o aumento de 32,5% não chega de forma integral aos salários dos militares.


Para o deputado Roosevelt Vilela (PSB), da forma como foi proposto, o percentual cai para 5%. “Se pegar, por exemplo, R$ 2 mil de auxílio moradia que não é tributado, e colocar (junto) a outra rubrica que é tributada, esse valor passa a ser negativo em 27,5%. Você joga um aumento de 32,5% menos 27,5%, vai ficar um valor de 5%”, afirmou. “A última parcela do reajuste apresentada pelo governador é para novembro de 2020. Até lá a inflação vai comer e vai ficar negativo (o percentual). Então, é uma enganação”, completou.


O deputado Hermeto (MDB) declarou que apesar de ser da base do governo, desaprova o projeto e aguarda o retorno de Ibaneis para levar o descontentamento das forças de segurança.

“O que eu disse ao governador e aos secretários de Segurança e de Economia, Anderson Torres e André Clemente, respectivamente, era de que nós teríamos um alinhamento no (salário) líquido do sub-tenente e do agente especial. Se a proposta saiu diferente, eu não compactuo”, declarou.

Segundo o presidente da Associação dos Militares Estaduais do Brasil, coronel Welligton Corsino, diferentemente do que assumiu o governo, as associações não concordaram com a proposta quando lhes foi apresentada.

“Nos foi apresentado e ficaram muitas dúvidas. O que nós perguntamos era se isso poderia ser mudado. Eles nos disseram que não. Então, como quem decide é o Executivo, falamos para encaminhar a proposta, mas a categoria não está de acordo como foi decidido”, informou.

Para o deputado Iolando Almeida, ainda há tempo de corrigir o erro de comunicação. “Eles erraram ao encaminhar para o Executivo uma proposta que beneficiava só uma das forças de segurança, só depois incluíram o restante e de forma errada. Mas ainda dá tempo de corrigir essa proposta, e nós não vamos abrir mão disso”, informou.


Os deputados vão elaborar um documento com diligências dos militares para ser entregue ao GDF. De acordo com as associações, o maior foco no momento será a questão salarial. A ideia é preparar uma nova proposta para ser entregue a União.

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