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Projeto "Oficial de Polícia Civil" do SINPOL-SE gera repercussão entre parlamentares e delegados

O Projeto de Oficial da Polícia Civil de Sergipe (OPC), promovido pelo Sindicato dos Policiais (Sinpol), tem gerado uma grande repercussão pelo país, inclusive entre os parlamentares, mas também tem dividido os policiais civis e delegados do estado.


O deputado Federal SANDERSON gravou um vídeo parabenizando a iniciativa do Sindicato, destacando que a proposta é pioneira e inovadora. O deputado é membro titular da comissão de segurança pública e vai participar da comissão especial que vai analisar o Ciclo completo de Polícia. E, segundo ele, vai trabalhar para implantar essa proposta em todas as polícias.


O Deputado Kim Kataguiri também apresentou sua opinião sobre a proposta. Segundo ele é um modelo já adotado por outros países, inclusive nos Estados Unidos, e que permitirá a agilidade e a desburocratização desse processo. "E importantíssimo que Sergipe, com esse projeto seja a vanguarda para todos os outros estados e que eles consigam enxergar como um modelo superior", afirmou. Kataguiri também fará parte da Comissão Especial que vai analisar o Ciclo completo de Polícia e foi indicado como relator.


Na contramão dessa opiniões, a Associação dos Delegados de Sergipe (Adepol) afirma que o projeto é nocivo à sociedade e à segurança pública estadual e já preocupa delegados de diversos outros estados brasileiros. De acordo com o presidente da Adepol, Isaque Cangussu, delegados de todo o país já entraram em contato com ele, manifestando preocupação com o OPC, que se aprovado tornará Sergipe um laboratório da nova medida, já que não é praticada em nenhum outro estado do Brasil.


Conforme ele explica, o ponto de maior preocupação do OPC, é a proposta de unificação das funções. “Queremos fazer o inverso dessa tendência. Não generalizar, mas especializar. Temos especialistas para cada função, por que vamos juntar tudo? O ideal era que tivesse mais especialistas”, afirma.


A nomenclatura utilizada na proposta, OPC, Oficial de Polícia Civil, também chamou a atenção de Isaque. Segundo ele, o termo “oficial” é utilizado pela polícia militar e forças armadas, e por isso, causa estranheza o fato de o OPC pedir por essa nomenclatura. “Em nenhum momento eles aceitaram tratar de outra nomenclatura que não fosse Oficial de Polícia Civil. No âmbito da Segurança Pública e da defesa, quem utiliza esse termo são as polícias militares e as forças armadas. Nos soa estranho essa insistência pela nomenclatura”, concluiu.


Em nota enviada ao Portal NE Notícias, Adriano Bandeira, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe (Sinpol/SE), destacou que o projeto otimizará os trabalhos investigativos, a elucidação de crimes e o atendimento ao cidadão nas delegacias dos 75 municípios sergipanos. “O projeto em nada prejudicará a Segurança Pública do nosso estado. O receio da Associação dos Delegados de Polícia Civil (Adepol) é unicamente de que os delegados possam perder espaço nas delegacias. Estão incomodados com uma simples nomenclatura de Oficial de Polícia Civil. Esse receio é dos delegados que não se garantem. E como bem afirmou o delegado Jocélio Fróes, nada mudará a situação jurídica dos delegados de Sergipe com a aprovação do Projeto OPC”, destacou Adriano Bandeira.


O Sinpol/SE prepara um Ato de Alerta Geral para o próximo dia 15 de outubro. Além disso, a entidade sindical aguarda a aprovação do Projeto OPC realizando visitas às delegacias da capital e do interior com o objetivo de sensibilizar toda a sociedade sergipana sobre a importância da aprovação do projeto no formato que foi apresentado pela entidade sindical. O Sinpol/SE destaca também aos policiais civis e à sociedade que o momento agora é de luta, mas não de paralisação das atividades com prejuízos ao cidadão. 

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